A atividade física melhora a condição psicológica de quem tem algum tipo de deficiência e é uma forma de inclusão social. Inclusão é respeitar as diferenças individuais, considerar valores e expectativas de cada um independente da sua condição física.
O importante é soltar-se, para trazer benefícios à saúde do corpo. Inclusão não é só deixar o deficiente praticar atividade física, mas sim preparar as pessoas para recebê-lo. Não é apenas avisar os funcionários de que agora existe um deficiente no local, mas sim saber que ele tem potencial.
A atividade física promove a reintegração social e auxilia na superação de barreira das pessoas ostomizadas, levando o indivíduo a descobrir que é possível, apesar das limitações físicas, ter uma vida normal e saudável.
O esporte gera muitas alterações comportamentais, morais, éticas e sócio afetivas, pois mostra que a ostomia não é sinônimo de incapacidade. Portanto, abraçar uma atividade física pode transformar o dia-a-dia de uma pessoa ostomizada, e ainda fazer bem para a saúde do corpo e da mente.
Os benefícios físicos da atividade são: Agilidade, equilíbrio, força muscular, coordenação motora, resistência física, melhora das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestório, reprodutor e excretor), velocidade, ritmo, possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição, promoção e encorajamento do movimento, desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária, entre outros.
E os benefícios psicológicos são: melhora da auto-estima, aumenta a integração social, redução da agressividade, estímulo à independência e autonomia, experiência com as possibilidades, potencialidades e limitações, vivência de situações de sucesso e de frustração, motivação para atividades futuras, desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas, entre outros.
É imprescindível respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais. Além de ser necessário respeitar todas as normas de segurança, evitando acidentes e o mais importante, estimular sempre o desenvolvimento da potencialidade individual.
Não podemos nos esquecer de que depois da cirurgia, cada pessoa recupera-se de forma diferente, então o retorno à prática esportiva dependerá da cicatrização.
Procure fazer exercícios que você goste, porém antes converse com o seu médico e educador físico.
A ostomia não deve impedir uma pessoa de praticar atividades físicas, com exceção de esportes de contato extremamente pesado, como: lutas marciais, basquete, vôlei, futebol, etc, tendo-se em vista a possibilidade de traumas na região do estoma; e de levantamentos de grandes pesos, para prevenção de hérnia. As práticas esportivas que exijam esforço da região abdominal também devem ser avaliadas por um profissional da área da médica.
E no período pós-operatório a distensão abdominal deve ser evitada para que não ocorra a retração do estoma.
Durante a prática esportiva é recomendável a utilização de um cinto ou cinta para manter a bolsa mais segura.
A prática da natação e hidroginástica pode ser feita sem nenhuma restrição, pois a bolsa e a placa são impermeáveis à água. É importante lembrar-se de que antes de nadar deve-se esvaziar a bolsa. As mulheres devem usar um maio peça única e os homens uma camiseta para evitar olhares e comentários a respeito da bolsa de colo/íleostomia.
Referências: