Rubens Gil, atual presidente da AORA, da cidade de Araçatuba, estado de São Paulo, representante na CONADE, tornou-se o mais novo presidente da ABRASO sob o incentivo e aplauso da sua fundadora Candida Carvalheira. Parabenizar? Temos a impressão de que Rubens Gil não terá tempo para mais nada, nem para dormir direito, porque um grandioso trabalho relativo aos ostomizados o espera sofrego e quase esmolando bolsas coletoras, se bem que qualquer desespero é perda de tempo. Mas o Rubens pelo que conhecemos é um homem inteligente e como teve um espaço de bastante elastico deve ter programado todo o serviço que irá desenvolver doravante, embora quando por nos perguntado ele colocou mais "se" do que propriamente a sua vontade de arrumar a casa.
Cristiana Holanda, presidente da associação dos ostomizados do estado do Acre, vem lá do norte, de uma região que afinal de contas, segundo opinião do proprio Mauro Coelho Pereira, estava abandonado, largado a propria sorte. Teve epoca (durante dois anos) o povo ostomizado de Roraima não tinha nem saco vazio de arroz de um kg para cobrir o seu ostoma porque o governo não comprava bolsas. E Amapá? A franquia de importação não trouxe nenhum alivio. E, Rondonia, Walter Bariani,convocou cento e tantos ostomizados para mudança de diretoria da associação por força do estatuto e não conseguiu reunir nem uma pessoa e, chateado, saiu de viagem. Ao regressar aquela falta de bolsas e o ostomizados estava pagando um preço absurdo pela mercadoria. E Walter Bariani condoido pela situação entrou novamente na luta para ajudar os ostomizados do seu estado. E agora Cristiana Holanda eleita vice-presidente poderá representar toda a regiao norte do Brasil para melhorar a vida dos ostomizados. E desde já apresentamos um pequeno exemplo da situação que reina por lá. Em Manaus há uma fila de 154 ostomizados requerendo reversão e o Mauro diz que os hospitais não tem condições para tanta reversão. E porque tanta gente deseja a reversão? Porque o centro de dispensação de bolsas só é feita em Manaus e quem mora, p. ex. na localidade chamada Boca do Acre leva de tres a quatro dias de canoa para chegar até a capital amazonense e mais outro tanto para voltar. Então o Mauro resolveu entregar bolsas suficiente para no minimo tres meses, mas mesmo assim não tem dado certo. Então o que predomina nessa região é saco plastico vazio de arroz de um kg. colado com esparadrapo.
E agora no Nordeste. No estado da Bahia há uma região chamado Ilheus, distante cerca de 350 km da capital e quando se fala capital o ostomizado entende CEPLED isto é o polo em Salvador que faz a dispensação de materiais para os ostomizados. Nos conhecemos uma senhora idosa, porém caridosa que noutro dia comprou não sei quantas bolsas de urina dispendendo de sua economia cerca de seiscentos reais e enviou pelo correio o material porque a pessoa urostomizada, no desespero, estava usando panos velhos para tapar o ostoma. A Marcia, eleita primeira secretaria sabe o que é falta de bolsas porque o seu proprio estado (Espirito Santo) em tempo recente ficou durante um longo tempo sem nenhuma bolsa.
A propria Candida Carvalheira tem lutado para conseguir bolsas para a cidade de Rio de Janeiro!!! E ela nos disse que a Baixada Fluminense frequentemente está sem bolsa coletora.
Antonio Amaral, presidente da associação do estado de Mato Grosso é outro grande lutador pelas causas dos ostomizados. Em Mato Grosso é a falta de polo quando o unico existente era Sinop. Em tempo recente Amaral nos disse que já em Rondonopolis já tem polo, mas ainda falta Tangará da Serra, Caceres, Diamantino, enquanto Sinop há muito tempo tem polo.